quarta-feira, 22 de setembro de 2010

O Despertar

Abro os olhos, mas não posso ver
Cega mediante a escuridão
Com uma dor excruciante, dilacerante
Que queima minhas veias até o coração.

Voltando a enxergar
Vejo partículas de pó na pálida luz da lua
Ouço passos apressados em uma rua escura
E um tiro ao longe ressoar

Encontro-o largado
Com seu corpo perfurado
E seu sangue derramado

"Me ajude" , sussurrou
E de volt a dor queimante
Surgem então, presas brilhants
Suplicando, ele começa a chorar
Mas a única coisa que vejo, sinto e cheiro
É o liquído escarlate a gotejar.

Com um rápido movimento
Dou fim á sua extinção
Sinto o líquido quente apagar meu fogo interno
Vejo a alma elevar-se de seu corpo terreno
Param-se as batidas de seu coração

Meu despertar para a escuridão.